23/05/10

Cuidado com os "especialistas" em redes sociais que aparecem como "novos profetas da web 2.0".


Para se compreender as redes sociais, existem ferramentas na área das Ciências Sociais. Pode-se usar a Análise das Redes Sociais: "métodos para a mensuração das relações de poder e influência, identificar pontos de concentraç ão das informações, enfim, trata-se de uma área multidisciplinar – e, por isso, fascinante – que envolve, além da própria sociologia, estatística, matemática, comunicação e tecnologia" (ver os artigos de Raquel Recuero: http://pontomidia.com.br/raquel/arquivos/livro_redes_sociais_na_internet.html ) .

Sim mas não é a única. Temos também outras ferramentas e teorias que podem complementar de forma qualitativa (e criticar) a Análise das Redes Sociais : a sociologia do imaginário (André Lemos, Maffesoli), a etnometodologia (Garfinkel), a teoria do actor-rede (Latour), a Escola de Palo Alto (Bateson), etc.
A propósito, ver este meu texto sobre o conceito de rede:
http://neves.do.sapo.pt/Mexico2003.pdf

"Na sociologia, o campo que dá conta deste assunto é o da Análise de Redes Sociais (SNA, em inglês). Ele se dedica a propor métodos para a mensuração das relações de poder e influência, identificar pontos de concentração das informações, enfim, trata-se de uma área multidisciplinar – e, por isso, fascinante – que envolve, além da própria sociologia, estatística, matemática, comunicação e tecnologia.
[...]

Para quem quer se aprofundar em comunicação na redes sociais sugiro conhecer inicialmente o trabalho da Orgnet e comparar com aquilo que é oferecido no Brasil pelas ditas agências 2.0. Em seguida, vale uma parada no site da International Network for Social Network Analysis. Por fim, indico a leitura do e-book Introduction to Social Network Methods, que oferece uma bela visão sobre o tema. Com isso, você estará bem munido para encarar de forma crítica os argumentos e as proposta superficiais desses novos profetas da web 2.0."
André de Abreu
http://imezzo.wordpress.com/2009/08/25/cuidado-com-o-especialista-em-redes-sociais/

10/05/10

Apresentação do livro "Ecrã , Paisagem e Corpo"










Apresentação do livro "Ecrã , Paisagem e Corpo"

Data: quinta-feira, 27 de Maio de 2010
Hora: 19:00-20:00
Local: FNAC Braga, CC Braga Parque, Portugal
Cidade/Localidade: Braga, Portugal


Descrição: apresentação do livro "Ecrã , Paisagem e Corpo"

(Grácio Editor, vol. 20 da Colecção Comunicação e Sociedade, do CECS, Univ. do Minho, Portugal).


A obra será apresentada pelo Prof. Moisés de Lemos Martins, Docente na Universidade do Minho, Presidente da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM) e director da colecção.









"Os textos reunidos em "Ecrã , Paisagem e Corpo" assinalam o movimento de translação da cultura ocidental, da palavra para o número, do logos para o ícone, da ideia para a emoção, do uno para o múltiplo, enfim, das estrelas para os ecrãs."

Moisés de Lemos Martins (prefácio).

Índice do livro

Prefácio: Das estrelas para os ecrãs (Moisés de Lemos Martins)
Apresentação (Maria Zara Simões Pinto Coelho e José Pinheiro Neves)
Da instabilidade do ecrã (Maria Zara Simões Pinto Coelho)
Da Transparência (Nelson Zagalo)
A paisagem urbana no cinema. Um último plano de leitura (Helena Pires)
O ecrã nos filmes: Buster Keaton duas vezes (Edmundo Cordeiro)
A experiência perceptiva do ecrã. Novas perspectivas interdisciplinares (José Pinheiro Neves)





Nota de imprensa:

Tem-se acentuado a ideia de crise do humano, à medida que a técnica se afasta da ideia instrumental de simples construção humana para causa do próprio homem,ou seja, à medida em que passamos a falar de vida artificial, de fertilização in vitro, de “barrigas de aluguer”, de clonagem, replicantes e cyborgs, de adeus ao corpo e à carne, de pós-orgânico e de trans-humano. E também à medida que se desenvolve a interacção humana através do computador, onde os chats da Internet, os jogos electrónicos, e as novas redes sociais, como o Second Life, o Facebook e o Twitter, por exemplo, instabilizam as tradicionais figuras de família e comunidade, para em permanência as reconfigurar. 

Acima de tudo, é a completa imersão da técnica na história e nos corpos que tem tornado problemático o humano. E são as biotecnologias e a engenharia genética, além do desenvolvimento da cultura ciberespacial, as expressões maiores desta imersão. [...]


Ecrã, Paisagem e Corpo, editado por Zara Pinto-Coelho e José Pinheiro Neves, situa-se neste movimento de translação da cultura ocidental, da palavra para o número, do logos para o ícone, da ideia para a emoção, do uno para o múltiplo, enfim, das estrelas para os ecrãs.


Moisés de Lemos Martins