21/09/07

Web 2.0:definição, características e exemplos - por Ana Neves

Web 2.0: definição, características e exemplos

por Ana Neves

Julho, 2007


"As ferramentas sociais estão para ficar e vão mudar para sempre a forma como as pessoas usam e esperam poder usar a Internet. Por essa razão, vale a pena tentar perceber mais sobre o que é, afinal, isso das ferramentas sociais e da web 2.0.

Muito se tem falado ultimamente da web 2.0: uma nova "versão" da Internet que vem possibilitar uma interacção mais próxima do tipo a que estamos habituados presencialmente.

A profusão de sites assentes nas ferramentas sociais que compõem essa "nova" paisagem virtual tem crescido exponencialmente. Possibilitam níveis e padrões de interacção, partilha e troca de opinião até recentemente apenas possíveis offline. A imaginação é quase sempre o limite e muitos têm sido os sites que casam o canal "Internet" com as ferramentas sociais para oferecer funcionalidades nunca antes possíveis.

Alguns desses sites:

del.icio.us – local para arquivo e partilha de sites favoritos (site do mesmo género em Portugal: Tags no Sapo)

Digg – site composto por notícias encontradas pelos utilizadores e por eles sugeridas como de interesse / qualidade (site do mesmo género no Brasil: rec6)

Flickr – site para partilha e pesquisa de fotografias tiradas pelos próprios utilizadores (site do mesmo género em Portugal: Fotos no Sapo e no Brasil: 8p)

My Space– comunidade que permite encontrar pessoas com interesses semelhantes e partilhar ideias, fotos e vídeos

Netvibes – crie a sua própria página com o conteúdo de que gosta

Patient Opinion – site onde os cidadãos podem falar sobre a sua experiência em instituições de saúde britânicas

Technorati – pesquisa de blog posts e tagged social media

Twitter – site usado por pessoas em todo o mundo para informarem outras, amigas ou não, sobre o que estão a fazer em cada momento

Wikipedia - uma enciclopédia escrita em colaboração pelos seus leitores

You Tube – site que permite aos utilizadores ver e partilhar vídeos (site do mesmo género em Portugal: Videos no Sapo)

Zoho – aplicações de texto, folhas de cálculo e muito mais disponíveis online para trabalho colaborativo com outros utilizadores (site do mesmo género no Brasil: Aprex)

Estes sites foram listados por ordem alfabética e foram escolhidos com base na sua popularidade mas com o intuito de exemplificar a variedade de utilizações das ferramentas sociais.

Mas, afinal, o que é isso da web 2.0? Segundo a versão portuguesa da wikipedia (ver caixa) "Web 2.0 é um termo cunhado em 2003 pela empresa estadunidense O'Reilly Media para designar uma segunda geração de comunidades e serviços baseados na plataforma Web, como wikis, aplicações baseadas em folksonomia e redes sociais. Embora o termo tenha uma conotação de uma nova versão para a Web, ele não se refere à atualização nas suas especificações técnicas, mas a uma mudança na forma como ela é encarada por usuários e desenvolvedores".

Assim, a web 2.0 tem essencialmente a ver com a criação de ambientes propícios à criação e manutenção de redes sociais (abertas ou fechadas, públicas ou privadas). Este espírito estende-se para além das paredes de um determinado site, sendo que cada vez se mais se observa o estabelecer de ligações entre vários sites com o objectivo de proporcionar funcionalidades adicionais aos membros das respectivas comunidades.

É devido a este objectivo de abertura e transparência que a web 2.0 se caracteriza também, em grande parte, pelo caracter gratuito (da maioria) dos sites e ferramentas e pela criação e disponibilização de APIs (Application Programming Interface, interface de programação de aplicativos) que permitem a comunicação com outros sites. Estes têm, ultimamente, resultado na criação de múltiplos plugins, desenvolvidos essencialmente pela comunidade de utilizadores, e que permitem extender a funcionalidade básica de um determinado site ou aplicação e/ou agregar conteúdo.

Os elementos / funcionalidades geralmente presentes em sites da web 2.0 são:
* blogs (na versão portuguesa, blogues) - sites em forma de diário no qual os textos são apresentados por ordem cronológica inversa
* social bookmarking – sistema de bookmarks (ou, em português, favoritos) acessível a partir de qualquer computador com acesso à Internet e que permite comentá-los e partilhá-los com outras pessoas
* wikis - sites cujo conteúdo é adicionado e mantido por quem o visita
* tagging – possibilidade de associar um (ou mais) termo(s) ou palavra(s)-chave a um item de conteúdo (e.g. texto, foto, bookmark)

* RSS feeds – (RSS, Really Simple Syndication) forma de alertar os membros / visitantes de um site de alterações no seu conteúdo. Estas feeds produzidas automaticamente por muitas das ferramentas disponíveis podem depois ser lidas através de feed readers online (e.g. Google Reader - www.google.co.uk/reader), no desktop (e.g. RSS Bandit - rssbandit.org) ou associados a uma aplicação-cliente de email (e.g. Attensa - attensa.com).
* agregação de conteúdo - disponibilizar num site conteúdo publicado noutros sites com o intuito de facilitar o acesso (e.g. Netvibes) ou de o enriquecer com a opinião de outros utilizadores (e.g. Digg).

Nota: Este texto terá continuação nos próximos meses de forma a trazer exemplos de como as ferramentas sociais podem usadas também no contexto organizacional e como se relaciona com a gestão de conhecimento".


In:
http://www.kmol.online.pt/artigos/200707/nev07_1.html

16/09/07

Software Social: o que é? Qual o seu impacto nas pessoas e organizações?


social_software_impact_individual_organizations.jpg
Crédito da Imagem: Mikael Damkier










"software social é qualquer software ou rede on-line que permite aos utilizadores interagir e partilhar conhecimento numa dimensão social, realçando o potencial humano em vez da tecnologia que possibilita a transmissão.
software social está em todo o lado: bloguesmensageiros instantâneoswikis e ferramentas de edição colaborativa são as expressões mais representativas deste conceito. O papel destas novas tecnologias tornou-se cada vez mais importante no mundo de hoje e continua a moldar a forma como a colaboração acontece na e fora da Internet

Numa entrevista vídeo recente com Teemu Arina, o jovem investigador Finlandês apontou o enorme potencial do software social quando é adoptado no processo de aprendizagem informal e também nas empresas da nova geração.
No seguinte artigo apresentamos-lhe o primeiro excerto de um excelente relatório lançado pelo Australian Flexible Learning Framework, uma instituição que dedicou particular atenção ao fenómeno do software social e o impacto na vida dos indivíduos e organizações de hoje em dia.

Definir software social e o seu alcance


Existem várias opiniões sobre a definição exacta de software social. Para o propósito desta pesquisa, foi aceite uma definição da Wikipédia de 28 de Setembro de 2006, que define software social, como um software que:
"…permite às pessoas encontrarem-se, ligarem-se ou colaborar através de uma discussão mediada por computador formando comunidades on-line. Em sentido alargado, este termo pode englobar medias antigos, tais como listas de distribuição, mas alguns restringem o seu significado a géneros mais recentes de software como os blogues e wikis."
A revista Time (25 de Dezembro, 2006 / 1 de Janeiro, 2007) dedicou o número da Pessoa do Ano 2006 a "Você" e explicou a forma como o software social dá poder a consumidores individuais. A Time apresenta um mapa que liga as formas através das quais o software social permite aos indivíduos:
Fazê-lo - isto é, conteúdo direccionado ao utilizador
Baptizá-lo - isto é, bookmarking social referido como folksonomy
Trabalhar Nele - isto é, colaboração em massa ou crowdsourcing
Encontrá-lo - isto é, pesquisa do produto on-line a gerar o novo modelo de negócios, Longa Cauda.
O alvo inicial desta pesquisa era inicialmente um pequeno conjunto de tecnologias de software social que ainda não tivessem sido pesquisados e que entretanto tivessem começado a ser utilizadas com sucesso no ambiente de ensino e aprendizagem da Formação Profissional. Nomeadamente, blogues, wikis e software de conferência e bookmarking social.
A pesquisa reconheceu, no entanto, que o panorama do software social está a mudar constantemente. É provável que ferramentas específicas sejam rapidamente melhoradas ou ultrapassadas. Assim, o método foi reconhecer algumas ferramentas de software social que são utilizadas actualmente para a partilha de conhecimento, desenvolvimento de capacidades e/ou ensino e aprendizagem no âmbito da Formação Profissional.
Estes eram os mundos virtuais em 3D (p. ex. Second Life), publicação fotográfica (ex. Flickr), conto de histórias via formato digital e podcasting. Uma visão holística do software social foi também levada a cabo, com as descobertas a serem aplicadas ao uso de todo o software social na generalidade.
Uma área do software social que está a crescer mas que não foi incluída nesta pesquisa específica foi o uso dos espaços sociais tais como o MySpace. Com o rápido crescimento das opções de software social, a futura observação do software social na Formação Profissional possivelmente iria incluir uma análise a esta área de rápida expansão.
Houve, no entanto algum desacordo relativo à inclusão de ferramentas de conferência virtual sob a alçada do software social. Dowes considerou que o desenvolvimento de comunidade através das ligações assimétricas dos utilizadores, isto é, a escolha de quem se liga a quem, deve estar "nas mãos do utilizador", é um elemento fundamental do software social. Ele questionou se isso aconteceria com software de conferência virtual.
A necessidade de limites à categorização do que é Software Social (ou Redes Sociais) é discutido por Boyd (2006). Um ponto importante citado por Boyd é que os limites são necessários para evitar que todas as novas tecnologias sejam classificadas como "software social" só porque estão na "moda"e também para dar definições claras para futuras pesquisas, discussões e debates.
Como as conferências virtuais são reconhecidas na Austrália, como tendo um papel importante na criação de comunidades e ensino e aprendizagem, manteve-se no âmbito da pesquisa. Os investigadores reconheceram que por isso não deveria ser considerada fora da área do software social.
Embora o principal foco de atenção da pesquisa tenha sido a Formação Profissional, os dados recolhidos vieram de uma maior amostra, incluindo todos os sectores educativos e também empresas dentro e fora da Austrália. Foi considerado que lições estudadas dentro e fora da Formação Profissional, poderão dar dados muito úteis para o estudo da própria Formação Profissional.


Características de indivíduos, grupos e empresas já inseridas no software social


Os indivíduos
As características de quem, na Formação Profissional, já está integrado no uso do software social insere-se nas definições de Roger (1995): no grupo dos inovadores, nos adoptantes iniciais e um pequeno número insere-se na maioria inicial. A categorização de Roger:
  • Inovadores: Os bravos - aqueles que forçam a mudança. Os inovadores são comunicadores muito importantes.

  • Adoptantes iniciais: Pessoas de renome - líderes de opinião, testam novas ideias mas de uma forma cuidadosa.

  • Maioria inicial: Pessoas ponderadas - cuidadosas, mas que aceitam a mudança mais depressa que a maioria.

  • Maioria tardia: Pessoas cépticas - usam as novas ideias ou produtos quando a maioria os usar.

  • Retardatários: Pessoas tradicionais - defensoras da "maneira antiga", são críticos em relação a novas ideias e apenas a aceitarão se a nova ideia se tornar difundida ou até tradição."


Ver artigo completo aqui:

Robin Good, "Software Social: O Que É? Qual O Seu Impacto Nas Pessoas E Organizações? – Um Relatório Da Australian Flexible Learning Framework (Parte I)"

http://br.masternewmedia.org/colaboracao_on_line/software-social/software-social-o-que-e-e-qual-impacto-nas-pessoas-e-organizacoes-um-relatorio-da-australian-flexible-learning-framework-parte-I-20070524.htm

09/09/07

Hi5 é a rede social mais visitada pelos portugueses

Estatísticas das redes sociais em Portugal


"Durante o primeiro semestre deste ano, 77,6 por cento dos internautas com mais de três anos, residentes em Portugal Continental, acederam a redes sociais online, o que corresponde a 2,3 milhões de utilizadores, mostram os dados da Marktest.

No total, foram vistas mais de mil milhões de páginas em comunidades virtuais entre Janeiro e Junho, com cada internauta a ver, em média, 465 páginas. O tempo despendido nestes sites, por utilizador, foi de 3 horas e 14 minutos, o que perfaz um total de 7,5 milhões de horas ao longo do semestre.

Tanto homens como mulheres apresentam comportamentos semelhantes neste campo. Porém, a diferença assenta no horário escolhido para visitar estes espaços virtuais. As mulheres lideram as visitas entre as 11 horas e as 23 horas, enquanto que os homens apresentam uma taxa de acesso superior a partir dessa hora e durante a madrugada.

O Hi5 é o site que atrai mais visitantes liderando a tabela com perto de 2,02 milhões utilizadores únicos ao longo do primeiro semestre. Os internautas nacionais acederam a 673 milhões de páginas,dedicando-lhes 4,9 milhões de horas.

O Spaces.msn.com foi o segundo classificado em utilizadores únicos, com 993 mil utilizadores, e o MySpace terceiro, com 571 mil.

No que toca ao número de páginas visitadas o destaque foi para o site Pt.netlog.com (124 milhões), a terceira posição foi assegurada pelo orkut.com, que registou 110 milhões de páginas visualizadas.

Por seu turno, o segundo lugar em tempo dedicado pertenceu igualmente ao Pt.netlog.com, que obteve 737 mil horas em visualizações. O fotolog.com ficou em terceiro nesta categoria com cerca de 628 mil horas de navegação".


2007-07-18 17:01:00


In:
http://tek.sapo.pt/4Q0/758352.html