16/09/07

Software Social: o que é? Qual o seu impacto nas pessoas e organizações?


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Crédito da Imagem: Mikael Damkier










"software social é qualquer software ou rede on-line que permite aos utilizadores interagir e partilhar conhecimento numa dimensão social, realçando o potencial humano em vez da tecnologia que possibilita a transmissão.
software social está em todo o lado: bloguesmensageiros instantâneoswikis e ferramentas de edição colaborativa são as expressões mais representativas deste conceito. O papel destas novas tecnologias tornou-se cada vez mais importante no mundo de hoje e continua a moldar a forma como a colaboração acontece na e fora da Internet

Numa entrevista vídeo recente com Teemu Arina, o jovem investigador Finlandês apontou o enorme potencial do software social quando é adoptado no processo de aprendizagem informal e também nas empresas da nova geração.
No seguinte artigo apresentamos-lhe o primeiro excerto de um excelente relatório lançado pelo Australian Flexible Learning Framework, uma instituição que dedicou particular atenção ao fenómeno do software social e o impacto na vida dos indivíduos e organizações de hoje em dia.

Definir software social e o seu alcance


Existem várias opiniões sobre a definição exacta de software social. Para o propósito desta pesquisa, foi aceite uma definição da Wikipédia de 28 de Setembro de 2006, que define software social, como um software que:
"…permite às pessoas encontrarem-se, ligarem-se ou colaborar através de uma discussão mediada por computador formando comunidades on-line. Em sentido alargado, este termo pode englobar medias antigos, tais como listas de distribuição, mas alguns restringem o seu significado a géneros mais recentes de software como os blogues e wikis."
A revista Time (25 de Dezembro, 2006 / 1 de Janeiro, 2007) dedicou o número da Pessoa do Ano 2006 a "Você" e explicou a forma como o software social dá poder a consumidores individuais. A Time apresenta um mapa que liga as formas através das quais o software social permite aos indivíduos:
Fazê-lo - isto é, conteúdo direccionado ao utilizador
Baptizá-lo - isto é, bookmarking social referido como folksonomy
Trabalhar Nele - isto é, colaboração em massa ou crowdsourcing
Encontrá-lo - isto é, pesquisa do produto on-line a gerar o novo modelo de negócios, Longa Cauda.
O alvo inicial desta pesquisa era inicialmente um pequeno conjunto de tecnologias de software social que ainda não tivessem sido pesquisados e que entretanto tivessem começado a ser utilizadas com sucesso no ambiente de ensino e aprendizagem da Formação Profissional. Nomeadamente, blogues, wikis e software de conferência e bookmarking social.
A pesquisa reconheceu, no entanto, que o panorama do software social está a mudar constantemente. É provável que ferramentas específicas sejam rapidamente melhoradas ou ultrapassadas. Assim, o método foi reconhecer algumas ferramentas de software social que são utilizadas actualmente para a partilha de conhecimento, desenvolvimento de capacidades e/ou ensino e aprendizagem no âmbito da Formação Profissional.
Estes eram os mundos virtuais em 3D (p. ex. Second Life), publicação fotográfica (ex. Flickr), conto de histórias via formato digital e podcasting. Uma visão holística do software social foi também levada a cabo, com as descobertas a serem aplicadas ao uso de todo o software social na generalidade.
Uma área do software social que está a crescer mas que não foi incluída nesta pesquisa específica foi o uso dos espaços sociais tais como o MySpace. Com o rápido crescimento das opções de software social, a futura observação do software social na Formação Profissional possivelmente iria incluir uma análise a esta área de rápida expansão.
Houve, no entanto algum desacordo relativo à inclusão de ferramentas de conferência virtual sob a alçada do software social. Dowes considerou que o desenvolvimento de comunidade através das ligações assimétricas dos utilizadores, isto é, a escolha de quem se liga a quem, deve estar "nas mãos do utilizador", é um elemento fundamental do software social. Ele questionou se isso aconteceria com software de conferência virtual.
A necessidade de limites à categorização do que é Software Social (ou Redes Sociais) é discutido por Boyd (2006). Um ponto importante citado por Boyd é que os limites são necessários para evitar que todas as novas tecnologias sejam classificadas como "software social" só porque estão na "moda"e também para dar definições claras para futuras pesquisas, discussões e debates.
Como as conferências virtuais são reconhecidas na Austrália, como tendo um papel importante na criação de comunidades e ensino e aprendizagem, manteve-se no âmbito da pesquisa. Os investigadores reconheceram que por isso não deveria ser considerada fora da área do software social.
Embora o principal foco de atenção da pesquisa tenha sido a Formação Profissional, os dados recolhidos vieram de uma maior amostra, incluindo todos os sectores educativos e também empresas dentro e fora da Austrália. Foi considerado que lições estudadas dentro e fora da Formação Profissional, poderão dar dados muito úteis para o estudo da própria Formação Profissional.


Características de indivíduos, grupos e empresas já inseridas no software social


Os indivíduos
As características de quem, na Formação Profissional, já está integrado no uso do software social insere-se nas definições de Roger (1995): no grupo dos inovadores, nos adoptantes iniciais e um pequeno número insere-se na maioria inicial. A categorização de Roger:
  • Inovadores: Os bravos - aqueles que forçam a mudança. Os inovadores são comunicadores muito importantes.

  • Adoptantes iniciais: Pessoas de renome - líderes de opinião, testam novas ideias mas de uma forma cuidadosa.

  • Maioria inicial: Pessoas ponderadas - cuidadosas, mas que aceitam a mudança mais depressa que a maioria.

  • Maioria tardia: Pessoas cépticas - usam as novas ideias ou produtos quando a maioria os usar.

  • Retardatários: Pessoas tradicionais - defensoras da "maneira antiga", são críticos em relação a novas ideias e apenas a aceitarão se a nova ideia se tornar difundida ou até tradição."


Ver artigo completo aqui:

Robin Good, "Software Social: O Que É? Qual O Seu Impacto Nas Pessoas E Organizações? – Um Relatório Da Australian Flexible Learning Framework (Parte I)"

http://br.masternewmedia.org/colaboracao_on_line/software-social/software-social-o-que-e-e-qual-impacto-nas-pessoas-e-organizacoes-um-relatorio-da-australian-flexible-learning-framework-parte-I-20070524.htm

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