28/02/14

O ambientalismo: o novo ópio do povo?

 
 
 

O ambientalismo, na sua versão light ou "MacDonald", tende cada vez mais a ser o novo ópio do povo, um dos sustentáculos da religião adoptada pela maioria do mundo ocidental sob a batuta das agências de marketing e de publicidade.
 
"O ambientalismo já não pensa a forma de salvar o meio ambiente. Pensa, em vez disso, na forma como num mundo desenvolvido, se pode salvar o nosso estilo de vida" (Llewellyn Vaughan-Lee).
De algum modo, a religião da "mercadoria" tende a travestir-se cada vez mais com a linguagem e os rituais da ambientalismo "soft", usando e abusando do conceito de sustentabilidade (Llewellyn Vaughan-Lee). Pretende-se mudar algo para que tudo continue, no essencial, na mesma. Como diz o povo, "a merda é a mesma, as moscas é que mudam."

Está na hora de, tal como Karl Marx fez no século XIX, denunciar esta forma de capitalismo ecologista e cultural que nos entra pela nossa casa a toda a hora. Apenas uma acção ecosófica permanente e concretizada em projectos alternativos, baseados num respeito autêntico pela mãe-terra, poderá parar esta hecatombe da bioesfera e do planeta no seu todo.

É urgente uma nova ecologia espiritual militante que não tenha receio de ir às raízes da crise.

"Esta crise ambiental é cada vez mais visível e imediata e é a maior ameaça para o futuro da humanidade e da saúde do planeta. E, no entanto, é apenas um sintoma de uma crise muito mais profunda, cujo perigo passa despercebido, mesmo estando na raiz da tragédia ambiental: a crise espiritual causada por um esquecimento profundo do valor sagrado da criação”.

in Llewellyn Vaughan-Lee, "Spiritual ecology"

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